Falar sobre os sentimentos, você dá voz ao que sente?

 


A dificuldade que as pessoas sentem em verbalizar suas emoções e sentimentos é muito mais comum do que se imagina. Tem até nome: Alexitimia, que significa "sem palavras para as emoções". O termo é usado no diagnóstico clínico de pessoas com dificuldade acentuada de expressar o que sentem.

Essa maneira muito reservada de ser - guardando para si todos os sentimentos - ocorre não só por timidez, mas também devido a dificuldades emocionais mais complexas, como um distúrbio afetivo que incapacita a pessoa de reconhecer e falar adequadamente sobre emoções e sentimentos.

É inegável que falar sobre emoções negativas gera alívio. Colocar para fora o que dói e incomoda, sem filtros ou medo de julgamentos, é essencial para o bem-estar emocional das pessoas.

Para isso, é preciso desassociar o ato de falar dos sentimentos da ideia de fragilidade, fraqueza ou sensibilidade excessiva. Infelizmente, muitas pessoas acreditam que, ao falarem de suas emoções, podem gerar conflitos, incomodar ou podem ficar expostas e vulneráveis.

Muitas vezes, há também o medo de ser ridicularizado. Isso muitas vezes têm origem em acontecimentos passados, que tenham envolvido rejeição ou excesso de críticas.

É comum também que a pessoa acredite que não deve falar, por achar que não há solução para o que está sentindo, ou que ninguém se importa com o que ela sente. É um estado de resignação, inércia e até de solidão, que pode gerar tristeza, frustração, estresse, prejuízos afetivos e até sociais.

Todo exercício de verbalizar sentimentos é positivo, mesmo que a fala seja dirigida a um familiar ou amigo. Quando envolve um profissional de Psicologia, a escuta qualificada estimula a construção de diálogos e reflexões, que promovem o autoconhecimento e autoconfiança, para que a pessoa aprenda a expressar suas emoções, sem precisar carregar sozinha mais carga emocional do que o necessário.


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Por Dra Elisângela Campos

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