Os holofotes iluminaram, nesta quinta-feira (31), o antigo cinema de Arraial do Cabo

 


Os holofotes iluminaram, nesta quinta-feira (31), o antigo cinema de Arraial do Cabo, mas não para exibição de filmes. O espaço onde funciona hoje a Subsecretaria de Cultura abriu suas portas para receber mulheres trans vindas de todas as partes da Região dos Lagos, para participar de uma roda de conversa sobre intolerância e ódio direcionados à identidade de gênero.

A ação contou com a participação de Elaiô, assistente de pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que apresentou o estudo RISE, financiado pela Duke University, e o aplicativo Dandarah, que está em fase de desenvolvimento.

Criado a partir da iniciativa Resistência Arco-Íris, da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz), o aplicativo Dandarah vai disponibilizar um ambiente digital destinado a facilitar o acesso a informações, possibilitando denúncias, registros e auxiliando na prevenção diante das diversas formas de violência. O estudo vai auxiliar na criação de um canal dentro do sistema, voltado para o atendimento de saúde mental.

O aplicativo homenageia a travesti Dandara Ketlyn, que infelizmente teve um fim trágico em 2017, graças ao preconceito. Sua história amplifica a necessidade urgente de combater a intolerância e promover um ambiente seguro e inclusivo para todas as pessoas trans. 

O Projeto Dandarah é uma resposta vital a essa violência, buscando não apenas honrar sua memória, mas também agir para criar transformações significativas em nossa sociedade. O aplicativo ainda não tem previsão para ser finalizado, mas o estudo RISE vai auxiliar o processo qualificando as informações, através da contribuição extraordinária de 200 mulheres trans. 

Obrigada meninas.


Texto e fotos: Vanessa Rodrigues

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