CARNAVAL DA PAZ EM LONDRES: A FORÇA DO SAMBA E DA ARTE DE RUA



Ninguém duvida de que a Arte é uma das maiores expressões do ser humano, tanto no âmbito individual quanto no coletivo. E as variadas formas com que as mensagens nos são passadas, melhor ainda, como são interpretadas, ganham, cada vez mais, espaço nos centros urbanos.

Londres está cheia de monumentos históricos, literários e culturais, o que completa o seu charme. E quando se fala em Arte de Rua, a região leste da capital inglesa se destaca, 
indiscutivelmente.  Onde mais no mundo encontraríamos um mural representando um “Carnaval da Paz”?

O “Hackney Peace Carnival Mural” em Dalston Lane foi concluído em 1985 no auge da guerra fria. Ele retrata um grupo de pessoas marchando pela paz contra 'a bomba' e se tornou uma importante declaração cultural daquela época. Quem deseja apreciar esta bela Arte, só precisa pegar o London Overground, seguir para Dalston Junction, atravessar a rua, olhar à direita e se preparar para a contemplação.  A área tem grande destaque em Arte de Rua, cafés exóticos e o mural também fica ao lado do Dalston Eastern Curve Garden, que é um lugar adorável para relaxar.

O Dalston Peace Mural é tudo, menos pequeno e escondido. Ele domina toda a parede lateral de um edifício de terraço de 4 andares, e é lindo, além de  ilustrar o “Hackney Peace Carnival” de 1983. Isso mesmo um bloco da paz, em pllena passarela.  A pintura contém fortes sugestões de tolerância social junto com mensagens antinucleares, antiguerra e ecológicas. Isso fazia parte de uma iniciativa do 'Ano da Paz' acontecido na época, e muito atual hoje, por sinal.

 Porém, há mais história do que isso. Ray Walker, o artista original, morreu antes que o trabalho fosse produzido e, por consequência disto, foi concluído por seu amigo Mike Jones e a viúva Anna Walker. Assim, o mural também é um memorial. 

Viva a Arte de Rua, em todos os aspectos! Viva a paz! Que sempre possamos encontrar forças, criatividade, união para falarmos de um tema sempre necessário e atual: PAZ!

Por Sueli Lopes 
Instagram: @escritorasuelilopes    @vozes.da.diaspora

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