Unesco nomeia o Rio de Janeiro como Capital Mundial do Livro em 2025

 


Capital fluminense é primeira cidade de língua portuguesa a receber título; diretora-geral da Unesco, Audrey Azoulay, enfatiza importância dos livros na educação, ciência, cultura e disseminação de informações globalmente; secretário municipal de cultura da cidade ressalta “vocação histórica” na literatura.

A diretora-geral da Unesco, Audrey Azoulay, nomeou o Rio de Janeiro, no Brasil, como a Capital Mundial do Livro para 2025. Esta é a primeira vez em que uma cidade de língua portuguesa recebe o título.

A chefe da agência da ONU afirma que os livros são veículos vitais para acessar, transmitir e promover a educação, a ciência, a cultura e a informação em todo o mundo. 


Celebração aos livros

Segundo o secretário municipal de cultura do Rio de Janeiro, Marcelo Calero, a cidade brasileira possui uma “vocação histórica” para ser a capital da cultura e da literatura. 

Ele acredita que a candidatura foi selecionada em virtude das iniciativas propostas, como a rede municipal de bibliotecas e uma série de ações que buscam colocar a cidade no protagonismo da leitura e da cultura.

Segundo a prefeitura, o Rio de Janeiro quer democratizar o acesso à leitura, com um foco especial em jovens e em comunidades mais vulneráveis. 

A Unesco e o Comitê Consultivo da Capital Mundial do Livro reconheceram a importância do patrimônio literário do Rio de Janeiro e de seu plano de ação para promover a literatura, publicação sustentável e leitura entre os jovens, aproveitando as tecnologias digitais. 

Programação

O prefeito carioca, Eduardo Paes, criou o Comitê responsável pela coordenação das ações ligadas aos eventos da Capital Mundial do Livro na Cidade, que contará com a participação de representantes de diversos segmentos. 

A cidade deve promover um concurso para designers a fim de selecionar a marca que será o símbolo do evento no Rio em 2025.

Entre as ações propostas pela cidade para as celebrações está a modernização e requalificação da rede municipal de bibliotecas e salas de leitura, com investimento de mais de R$ 16 milhões. 

Foi proposta a expansão da Bienal como uma experiência inovadora e de multimídia e a criação do Congresso de Literatura Latino-Americano, proporcionando um espaço de encontro para profissionais do mercado literário. 

Também está prevista uma edição da “Noite dos Livros”, que prove 24 horas de palestras, competições, apresentações musicais, atividades infantis, workshops de teatro e mesas redondas.

Além das iniciativas propostas no dossiê da candidatura, a Prefeitura do Rio vai fomentar outras ações em parceria com a sociedade civil e instituições privadas, estabelecendo um calendário de atividades para os próximos anos.


Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

Em conformidade com as prioridades expressas na Carta da Capital Mundial do Livro, o Rio de Janeiro avalia que o projeto pode contribuir com a mudança social.

Isso deve ocorrer com a alfabetização, a educação e a erradicação da pobreza, trazendo benefícios econômicos sustentáveis ligados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. 

A Unesco designa anualmente uma cidade para celebrar os livros. Este ano, Acra, no Gana, foi escolhida para a celebração. Para 2024, a cidade nomeada foi Estrasburgo, na França. 

No Rio de Janeiro, o ano de comemorações terá início em 23 de abril de 2025, no Dia Mundial do Livro e dos Direitos Autorais.

Sobre as capitais mundiais do livro

As cidades designadas como Capital Mundial do Livro pela Unesco se comprometem a promover o livro e a leitura para todas as idades e grupos, dentro e fora das fronteiras nacionais, e a organizar um programa de atividades para o ano.

O Comitê Consultivo da Capital Mundial do Livro da Unesco é composto por representantes da Federação Europeia e Internacional de Livreiros, do Fórum Internacional de Autores, da Federação Internacional de Associações de Bibliotecas, da Associação Internacional de Editores e da Unesco.


Fonte: ONU

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