Sistema de reconhecimento facial será usado durante o Carnaval



Plano operacional para os dias de folia foi divulgado nesta segunda-feira (5), no Palácio Guanabara

Rio - O plano operacional para o Carnaval deste ano foi divulgado, nesta segunda-feira (5), durante uma apresentação no Palácio Guanabara, em Laranjeiras, Zona Sul do Rio. O governador Cláudio Castro informou que este ano foram investidos mais de R$ 62 milhões na folia, o maior investimento da história. Em relação à segurança, a Polícia Militar afirmou que o sistema de reconhecimento facial será utilizado na orla da capital, Sambódromo, estações de metrô e Supervia. Todas as imagens captadas serão transmitidas em tempo real para o Centro Integrado de Comando e Controle (CICC). Serão cerca de 12 mil agentes nas ruas durante a festa  – aumento de 5% comparado a 2023.

"Esse é um momento importante para a cidade. Desejo boas-vindas aos turistas e um Carnaval de alegria e paz. Tenho muito orgulho de ser o governador da cidade com o maior Carnaval do mundo. Que o Ricardo Nunes (prefeito de São Paulo) e o Tarcísio de Freitas (governador de São Paulo) aprendam com a gente. Faltam léguas para eles serem os melhores", brincou Castro, no início do evento.

A distribuição de repelentes na Sapucaí é uma das novidades divulgadas no plano operacional. A ação visa combater a epidemia de dengue no Rio de Janeiro. Os foliões vão receber adesivos, bandanas e chapéus com alertas sobre medidas de precaução contra a doença. Já o Corpo de Bombeiros vai atuar com 10 mil militares, sendo que 2 mil ficarão distribuídos em guarnições de pronta resposta. 

Ainda na Marquês de Sapucaí, no Setor 11, será montado um posto avançado da 6ª DP (Cidade Nova) e unidades especializadas da Polícia Civil. Seis torres de observação também serão instaladas ao longo da Avenida Presidente Vargas e durante todo o evento haverá monitoramento por drones.

Nas ruas, as ações também serão intensificadas. Nos megablocos, no Centro do Rio, haverá patrulhamento com drones e pontos de interceptação e revista com 250 detectores de metais, iniciativa que se repete nas estações de metrô da Zona Sul (Copacabana, Ipanema e Leblon). Já no interior do Estado e municípios da Região Metropolitana, batalhões da área farão reforço do policiamento nos blocos de rua.

A Fundação para a Infância e Adolescência atuará distribuindo pulseiras de identificação para crianças no Sambódromo e na Rodoviária do Rio e folders com orientações para os responsáveis, além de campanha de conscientização em ônibus e terminais da Região Metropolitana.

Já a Polícia Civil vai estar com 3,3 mil agentes, além de reforço de 50% no efetivo da Delegacia de Apoio ao Turismo e nas Delegacias de Atendimento à Mulher. "O Governo será implacável em defesa das mulheres durante o Carnaval. Homens, respeitem o não", disse Castro. "Passou do não é assédio e agressão", afirmou a secretária estadual da Mulher, Heloísa Aguiar.

A Lei Seca vai testar motoristas de carros alegóricos da Série Ouro e do Grupo Especial que estarão no Sambódromo. Com blitzes diurnas e noturnas a partir desta quarta-feira (7), os drones vão atuar nas ruas, para seguir motoristas fujões.

A previsão é que cerca de 85% da rede hoteleira seja ocupada durante os dias de festa, principal data para o fluxo de turistas. "O Carnaval é a principal data para o fluxo turístico no Rio de Janeiro. Previsão é que 85% da rede hoteleira seja ocupada. Os foliões vão movimentar 4 bilhões na economia", afirmou o secretário estadual de turismo Gustavo Tutuca.

*Reportagem do estagiário Leonardo Marchetti, sob supervisão de Iuri Corsini

Fonte: O Dia Online

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