Setor de TI defende tratamento igualitário na Reforma Tributária

 


No Senado Federal, em Brasília, um grupo de associações representativas do setor de tecnologia da informação (TI) realizou um café da manhã com parlamentares com o objetivo de aprofundar a discussão sobre o tratamento adequado desse setor na Reforma Tributária.

Os líderes dessas associações defenderam a inclusão das áreas de serviços digitais, Internet, inovação, tecnologia da informação e informática, e similares, em uma alíquota reduzida de 60% em relação à alíquota padrão, conforme previsto no artigo 9, parágrafo 1º, do texto da reforma.

O evento foi organizado por várias entidades, incluindo a Associação Brasileira de Internet (Abranet), a Associação Brasileira das Empresas de Software (Abes), a Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação (Assespro), a Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e de Tecnologias Digitais (Brasscom), a Federação Nacional das Empresas de Informática (Fenainfo), a Associação Catarinense de Tecnologia (Acate) e o Sindicato de Empresas de Internet do Estado de São Paulo (Seinesp). Além dos representantes dessas áreas, o evento contou com a presença dos senadores Izalci Lucas e Eduardo Gomes, do deputado federal Ricardo Ayres e de assessores de parlamentares do Congresso Nacional.

O senador Izalci Lucas demonstrou seu comprometimento em incorporar a emenda no texto final da Reforma Tributária, que está sendo relatada pelo senador Eduardo Braga. Ele ressaltou a importância de apoiar a inovação e a tecnologia para impulsionar o emprego, enfatizando que a empregabilidade será um fator preponderante.

A Abranet, que representa empresas que prestam serviços na cadeia de valor da Internet, fintechs, empresas de meios de pagamento e provedores de Internet, reconhece a necessidade de aprovação da Reforma Tributária. A associação tem participado ativamente das discussões em defesa das empresas desse setor e dos interesses dos consumidores brasileiros que utilizam produtos e serviços relacionados à Internet e à tecnologia da informação. Segundo a associação, o texto atual da reforma tributária pode resultar em custos adicionais que seriam repassados aos consumidores.

O vice-presidente da Abranet, Jesaias Arruda, salientou que muitos brasileiros não têm condições de arcar com o aumento de custos, como um aumento de 20% no valor que pagam por serviços de conectividade. Ele destacou a importância de trabalhar em conjunto para evitar que as mudanças propostas na reforma tributária afetem os consumidores, que são a parte mais vulnerável.

Eduardo Parajo, diretor da Abranet, enfatizou que a aprovação das emendas que estabelecem uma alíquota diferenciada é fundamental para manter a competitividade do mercado, gerar empregos e reduzir custos. Ele ressaltou que as empresas desse setor não poderão absorver os altos custos tributários propostos no texto atual e que é essencial incluir o setor de Internet e tecnologia em uma alíquota diferenciada para garantir a manutenção do emprego e a oferta de preços justos aos consumidores.

O senador Eduardo Gomes também destacou seu compromisso em apoiar as associações e empresas de Tecnologia da Informação em questões relacionadas à Reforma Tributária e em outras pautas, como a Inteligência Artificial, onde ele é o relator de um projeto de lei que está em tramitação no Congresso.


Fonte: Tele Síntese

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