Até o momento, 10 suspeitos foram presos em dois dias de operação. Entre eles, os milicianos Taillon de Alcântara Pereira Barbosa e o seu pai Dalmir Barbosa
Miliciano Taillon de Alcântara e outros três policiais militares foram presos na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, nesta terça-feira (31).#ODia
— Jornal O Dia (@jornalodia) October 31, 2023
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De acordo com a PF, a investigação teve início em dezembro de 2021, após a prisão em flagrante de um homem responsável pela contabilidade e gerência da milícia no interior da comunidade de Rio das Pedras. Ao todo, 17 integrantes do grupo criminoso já foram denunciados pelo Ministério Público. Os investigados responderão pelos crimes de organização criminosa, porte ilegal de arma de fogo, lavagem de dinheiro, além de eventuais outros crimes que possam surgir após a deflagração da operação.
O nome da operação Embryo, em inglês, significa Embrião e faz referência a primeira milícia estruturada e com atuação em uma comunidade do Rio de Janeiro.
O trabalho foi desenvolvido pelo Grupo de Investigações Sensíveis da PF (GISE/RJ) e pela Delegacia de Repressão a Drogas (DRE/PF/RJ) em conjunto com o Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ).
Quem são Tailon e Dalmir
Pai e filho são apontados como os principais chefes da milícia em Rio das Pedras, Zona Oeste. Taillon cumpria pena em regime semiaberto desde março deste ano, após ser preso em dezembro de 2020.
De acordo com o processo que consta contra ele no Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ), a organização criminosa de Taillon e Dalmir seria responsável pela exploração do transporte alternativo de vans e mototáxi, dos serviços básicos como água, gás e TV a cabo, cobrança extorsiva de "taxas de segurança" a comerciantes e moradores, invasão e grilagem de terras, construção imobiliária clandestina, além de agressões, ameaças e homicídios na região.