UMA HISTÓRIA DE COCRIAÇÃO E RESILIÊNCIA



Certa vez, eu desejei muito comprar um jogo de panelas, eu estava namorando, prestes a me casar. Mas, o namorado vivia sozinho e dizia que eu não precisava comprar panelas, porque ele tinha muitas panelas. Mesmo assim eu queria muito comprar minhas panelas, mas ele não deixou. 

Toda vez que eu ia ao supermercado, eu ficava admirando as panelas querendo comprar, mas ele dizia que eu não iria conseguir usar todas, ele continuava dizendo que não precisavámos de panelas. 

Um dia, quase um ano e meio depois, eu estava quase nos dias de ter criança, o meu esposo estava plantando gramas-rasteiras em nosso pequeno jardim em frente a casa, e eu estava sentada na varanda, nós ainda não tínhamos um muro, enquanto eu observava meu esposo, escutei a voz de um homem gritando: Olha as panelas, olha as panelas...” Num impulso eu falei alto: “Meu bem, olha o homem vendendo panelas” 

Quando o homem ouviu, e viu que apontei para as panelas, ele parou, e começou a tirá-las do saco plástico e veio nos oferecer, eu estava um pouco distante e meu esposo mais próximo dele. Eu gostei quando ele veio mostrar as panelas, mas não importava o quanto ele falasse que as panelas eram boas, meu esposo dizia que nós não estávamos precisando de panelas. 

O mascate falou que as panelas eram de alumínio bom, que o pegador da tampa era resistente, mas meu esposo não queria saber nada disso, e só respondia que não queríamos panelas.  

Vendedor geralmente é muito insistente e aquele homem estava determinado a nos vender um jogo de panelas, eu estava torcendo para ele convencê-lo a comprá-las. Ele disse: Te vendo as panelas com uma entrada e quatro parcelas, meu esposo respondeu que não era questão de dinheiro, mas que não estávamos precisando de panelas. O homem falou que venderia as panelas com uma entrada e mais cinco parcelas, meu esposo estava irredutível. 

O homem insistia que venderia sem entrada e cinco parcelas, eu ali feliz com a insistência do vendedor, meu esposo não queria mesmo comprar. O homem foi alargando o prazo, disse que venderia com seis parcelas e só receberia a primeira depois de dois meses, mas nem assim o conseguiu convencer, então o homem não se deu por vencido, ele pegou o saco de panelas, entrou no nosso quintal e colocou as penelas em cima de um murinho dizendo: eu vou te vender as panelas e só venho pegar a primeira parcela daqui a dois meses e você vai ter sete meses para pagar. 

O vendedor pegou no seu carrinho e foi se embora gritando; olha as panelas… enquanto meu esposo falava sorrindo com um timbre mais alto para ele ouvir: moço, daqui a dois meses quando o senhor voltar para pegar a prestação, o senhor vai voltar com as suas penelas, elas não vão ser usadas porque nós temos muitas panelas. 

Eu fiquei tão feliz e agradecida aquele senhor por deixar “o meu” jogo de panelas, rapidamente, eu levantei, fui até ao muro pegá-las, imediatamente lavei todas elas, arrumei no armário e já fiz o jantar em minhas panelas novas. Meu esposo não falou nada. Passado um mês, ele me disse: meu 

bem, aqui está a primeira prestação das panelas, põe na gaveta que o homem vem receber. Os dias passaram e o homem não apareceu. Mais um mês se passou e nada do homem, eu já estava com duas parcelas guardadas, no terceiro mês meu esposo me entregou a terceira parcela e eu guardei, mas o homem nem sinal de vida. 

Um dia estávamos chegando no supermercado e um senhor estava saindo, eu o reconheci e perguntei meu esposo: meu bem, aquele ali não é o senhor das panelas? Ele disse que sim e fomos até ele. O vendedor já não estava mais vendendo panelas no carrinho de mão, ele estava com uma moto Honda nova. 

Moço, por que o senhor não foi lá em casa receber as prestações da panela? Ele olhou para nós por um momento, e depois voltou seu olhar para mim e disse: você nem sabe o que aconteceu depois que deixei as panelas para a sua esposa, as minhas vendas aumentaram muito, eu comprei um terreno e já comecei a construir, já não vendo mais no carrinho de mão, comprei essa moto, eu vi nos olhos da sua esposa que ela queria as panelas. 

Meu esposo admirado falou para ele: mas e as prestações o senhor não vai receber? Passa lá que daqui a pouco estaremos em casa. O vendedor, respondeu: eu não quero dinheiro de panela não, a melhor coisa que fiz na vida foi ter deixado aquelas panelas para a sua esposa. 

Meu esposo perguntou admirado: E o que faço com o dinheiro, tem três parcelas juntas. O vendedor insistiu: Eu não quero dinheiro de panela, se você quiser, pode dar para a sua esposa. O senhor, já estava ligando a moto e saindo, e meu esposo gritou sorrindo: o senhor queria mesmo era dar as panelas. 

Isso aconteceu há mais de trinta anos, e somente em 2012 que descobri que existe a Lei da Atração e que manifestamos os nossos desejos. Sou terapeuta, ativista quântica e ajudo você a manifestar em sua realidade o que deseja.  

Por Adriana Strella 

Instagram:adrianastrellaoficial 

 

 

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