Maior navio de guerra da América Latina sai do Rio para ajudar população no RS



Embarcação deve chegar ao estado do Sul do Brasil neste sábado (11), com duas estações móveis para tratamento de água, capazes de produzir um total de 20 mil litros de água potável por hora

Marinha do Brasil envia maior navio de guerra da América Latina para ajudar população do Rio Grande do Sul

Rio - A Marinha do Brasil enviou, na tarde desta quarta-feira (8), o Navio-Aeródromo Multipropósito (NAM) "Atlântico", o maior navio de guerra da América Latina, para ajudar as vítimas das enchentes e chuvas no Rio Grande do Sul. O NAM "Atlântico" está transportando duas estações móveis para tratamento de água, capazes de produzir um total de 20 mil litros de água potável por hora, a fim de suprir parte da demanda das cidades que sofrem com a escassez desde o rompimento das barragens. Também conta com embarcações, equipamentos, combustível, mantimentos e diversos profissionais da área de saúde. O navio também possui uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

A grande embarcação saiu da Base Naval do Rio de Janeiro, na Ilha de Mocanguê Pequeno, em Niterói, nesta quarta-feira (8), com previsão de chegada ao Rio Grande do Sul no sábado (11). Ao todo, o NAM "Atlântico" levará oito embarcações de médio e pequeno porte, que, somadas às oito lanchas em uso no estado do RS desde o dia 30 de abril, vão ampliar o contingente de meios aquáticos disponibilizados pela Marinha do Brasil (MB).

O navio, atual Capitânia da Esquadra, é projetado para as tarefas de controle de áreas marítimas, projeção de poder sobre terra, pelo mar e ar. É apropriado, também, para missões de caráter humanitário, auxílio a vítimas de desastres naturais, de evacuação, segundo a Marinha.

"Antecipando-se aos esforços para reconstrução das cidades, a Marinha Brasileira envia também 40 viaturas e 200 militares Fuzileiros Navais para atuar na desobstrução das vias de acesso, além de equipes de apoio à
saúde, formadas por médicos e enfermeiros", explicou a Marinha por meio de nota.

Além da Capitânia da Esquadra, a Marinha mobilizou também, na terça-feira (7), três aeronaves, o Navio de Apoio Oceânico "Mearim" e o Navio-Patrulha Oceânico "Amazonas", que seguem para o Rio Grande do Sul. "O trabalho das equipes de resgate aéreo da Marinha, que salvaram mais de 150 pessoas desde o início da operação, receberá, com a chegada dos navios, reforço de mais oito aeronaves, além das quatro que permanecem de prontidão no estado. Serão doze helicópteros no total no esforço contínuo de resgate aos moradores ilhados em áreas de difícil acesso", disse a Marinha.

Marinha envia hospital de campanha

A Marinha do Brasil também enviou, nesta terça-feira (7), um hospital de campanha para o Rio Grande do Sul, a fim de atender as vítimas das chuvas que atingiram o estado. A unidade tem capacidade para até 40 leitos. A previsão, de acordo com o Comandante do Grupamento Operativo de Fuzileiros Navais em Apoio à Defesa Civil, Capitão de Mar e Guerra (Fuzilerio Naval) Dirlei Donizete, é de que os atendimentos comecem imediatamente.

O comandante também afirmou que há informações de roubos no local. "Temos a notícia de que pessoas estão sendo assaltadas, roubadas, então nós vamos dar também segurança para a comunidade gaúcha", disse.

Os equipamentos foram levados em voo da Força Aérea Brasileira (FAB), que saiu no início da tarde de ontem (7) da Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro, com destino à cidade de Canoas, no Rio Grande do Sul.

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