A expectativa anda lado a lado com a apreensão no Santos.
De um lado temos um discurso bem afinado do técnico Pedro Caixinha, com ideias de jogo colocadas de forma clara e que conversam com aquilo que o torcedor gostaria de ver em campo. Do outro, a prática tem se mostrado preocupante e o time não tem conseguido entregar o prometido.
O Santos teve 45 minutos do padrão Pedro Caixinha contra o Mirassol, na estreia do Campeonato Paulista. Porém, as partidas seguintes foi de um time muito mais reativo, por vezes desorganizado e cometendo muitos erros.
E foi assim, novamente, contra o Velo Clube, na segunda derrota do Peixe no estadual. O próximo duelo será na quarta-feira, de novo fora de casa, contra o São Bernardo, às 18h30.
Claro que é preciso ponderar que a equipe que entrou em campo estava bem mexida, com jogadores estreando - no Peixe e na temporada. Mas, mesmo assim, era esperado que a postura e a entrega fossem maiores.
O Santos teve o domínio do jogo no primeiro tempo, mas não conseguiu transformar isso em chances de gol. A agressividade, o jogo agudo, que faz o goleiro adversário trabalhar, não existiu.
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Análise: Santos precisa reagir antes que pilares de Caixinha caiam
Por mais que o discurso seja de um trabalho a médio e longo prazo, futebol é resultado, e Peixe não tem conseguido entregar em campo o que foi prometido pelo treinador
Por Bruno Gutierrez — Santos, SP
26/01/2025 04h00 Atualizado há 5 horas
Velo Clube 2 x 1 Santos | Melhores momentos | 4ª rodada | Campeonato Paulista 2025
Velo Clube 2 x 1 Santos | Melhores momentos | 4ª rodada | Campeonato Paulista 2025
A expectativa anda lado a lado com a apreensão no Santos.
De um lado temos um discurso bem afinado do técnico Pedro Caixinha, com ideias de jogo colocadas de forma clara e que conversam com aquilo que o torcedor gostaria de ver em campo. Do outro, a prática tem se mostrado preocupante e o time não tem conseguido entregar o prometido.
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O Santos teve 45 minutos do padrão Pedro Caixinha contra o Mirassol, na estreia do Campeonato Paulista. Porém, as partidas seguintes foi de um time muito mais reativo, por vezes desorganizado e cometendo muitos erros.
E foi assim, novamente, contra o Velo Clube, na segunda derrota do Peixe no estadual. O próximo duelo será na quarta-feira, de novo fora de casa, contra o São Bernardo, às 18h30.
Pedro Caixinha em Velo Clube x Santos — Foto: Roberto Gardinalli/AGIF
Pedro Caixinha em Velo Clube x Santos — Foto: Roberto Gardinalli/AGIF
Claro que é preciso ponderar que a equipe que entrou em campo estava bem mexida, com jogadores estreando - no Peixe e na temporada. Mas, mesmo assim, era esperado que a postura e a entrega fossem maiores.
O Santos teve o domínio do jogo no primeiro tempo, mas não conseguiu transformar isso em chances de gol. A agressividade, o jogo agudo, que faz o goleiro adversário trabalhar, não existiu.
E no segundo tempo, com a entrada de jogadores considerados titulares, o Peixe se viu pressionado pelo Velo Clube, que encontrou o primeiro gol após Gabriel Brazão ter salvado o Santos em ao menos três oportunidades.
Além disso, diferentemente do que pudemos ver no empate contra a Ponte Preta, o time de Pedro Caixinha não teve capacidade de reação. Pior. Sofreu o segundo gol.
Novamente, em lance de bola parada, com uma bola cruzada na área. Um lance que já se mostra como o tendão de Aquiles do elenco para esta temporada. Foram quatro gols sofridos de maneira semelhante em quatro partidas.
Caixinha já declarou, em mais de uma oportunidade, acreditar no projeto que o clube apresentou. Também falou em confiar no grupo que possui e reiterou a necessidade de ser mais competitivo.
O técnico chegou ao clube com a filosofia montada em quatro pilares: ter a bola é atacar o gol, perder a bola é atacá-la em seguida, sem a bola é buscar recuperá-la e recuperar a bola é atacar o gol: buscar o primeiro passe sempre para frente.
O problema é que, em campo, não tem sido possível ver os quatro pilares em funcionamento. Foram vistos somente no primeiro tempo da estreia no Paulista. O Peixe enfrenta problemas na criatividade, não tem marcado a saída de bola do adversário e não apresenta volume de jogo.
A promessa da diretoria santista é de um trabalho a médio e longo prazo. Mas, no futebol, o resultado quase sempre fala mais alto. O elenco precisa entregar em campo aquilo que é treinado e prometido antes que os pilares de Caixinha comecem a ruir.
Claro que também é preciso ponderar a necessidade de reforços. O treinador necessita de peças que conversem com a sua proposta de jogo e forma de trabalhar. E essa cobrança tem de ser feita à diretoria, que teve um planejamento atrasado e agora corre contra o tempo.
Porém, mesmo com esse elenco atual, o Santos já demonstrou que tem capacidade de entregar mais do que nos últimos três jogos. Isso não necessariamente significa grandes jogadas ou uma máquina de vitórias. O Peixe precisa ser mais competitivo e reagir.
Afinal, já se foi um terço da primeira fase do estadual e, se o time não se reerguer, pode começar a se complicar cedo na temporada.