Perdas...

 


As perdas podem nos trazer uma sensação desconfortável. Inicialmente nossa mente geralmente percebe o que está latente ao nosso olhar.

Isto se transforma em várias sensações, dentre as quais, uma ideia de redução daquilo que entendemos que nos pertencia. Ainda que numericamente falando seja ínfimo, aceitamos essa condição de imediato.

 No entanto, se atentarmos para os ciclos da vida, nascemos, crescemos e morremos, tudo passa por transições e funciona como um carro que vai se deslocando e imagens ficam para trás no retrovisor. Podemos até voltar, mas não será do mesmo jeito ainda que por pequena diferença de minutos.

 A lagarta possui fases interessantes durante a metamorfose. Talvez ao ser questionada se ela quer mudar para borboleta, poderíamos receber uma resposta negativa, pois talvez para ela, a mudança, irreversível por sinal, significa perder características que ela ama e não quer se desvencilhar.

Mas por outro lado, muitas borboletas possam dizer que adoraram a sensação de liberdade ao voar e que só foi possível graças ao novo ciclo. Ciclos surgem a cada momento, dia, anos.

Hoje estou escrevendo e inspirado no vai e vem das ondas do mar, comecei a meditar mais a respeito.

 Um surfista ou até mesmo banhista, quer aproveitar ao máximo as possibilidades que o mar lhe oferece.

 Mas uma onda não será como a anterior, um mergulho não será exatamente igual aos outros por conta da maré que sobe, mais pessoas disputando o mesmo espaço na praia.

 E a tendência é de ficarmos como crianças que estavam ansiosas pelo tempo de diversão e percebem as horas passando, as condições de tempo e temperatura mudando.

 Tudo influenciando pra perder oportunidades. Mas será que de fato são perdas? Depende muito do ponto de vista! Há um dito popular: Há três coisas que jamais voltam:

ü  A palavra dita

ü  A flecha lançada

ü  A oportunidade perdida

Pensando bem, o que dissermos não dá para apagar, mas podemos consertar ou acrescentar se for necessário. A flecha não voltará, mas poderemos lançar uma nova que alcance o alvo em cheio.

Já a oportunidade, entendemos que foi para um momento específico, mas isso não encerra possibilidades, não deve ser motivo de ficarmos prostrados, estagnados imaginando um eminente fracasso.                                    Não mesmo! É nesse momento que os olhos do coração precisam estar atentos, nosso emocional precisa ser estimulado com sementes de possibilidades.

Em tempo oportuno, elas crescerão, frutificarão e experimentaremos os melhores frutos da colheita da vida.

Por Daniel  Henrique/ Colunista da tv Manchetes

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