De um modo bem simples, a parada cardiorrespiratória (PCR) ocorre quando o coração não consegue desempenhar sua função de bombear sangue através dos vasos para os órgãos, ou seja, para de “bater”, ou não o faz de maneira suficiente. Assim, a pessoa fica sem pulso.
Os sintomas imediatamente anteriores à PCR são variados e dependem da causa, mas
o paciente por fim tem perda de consciência e fica sem pulsação. Os motivos que levam à
parada cardíaca são muitos, porém quando diante de uma PCR, a equipe de saúde precisa
sempre pensar na causa, porque parte do tratamento depende disso. Estas podem ser
hipoglicemia, hipóxia (falta de oxigênio), aumento de ácidos no sangue, envenenamento ou
outros tóxicos, tromboembolismo pulmonar, tamponamento cardíaco e/ou pneumotórax
(estes dois últimos vão impedir que o coração faça seu movimento adequado), hipotermia,
infarto miocárdico, excesso ou falta de potássio no sangue, hipovolemia (exemplo:
hemorragias em acidentes).
As manobras de ressuscitação cardiopulmonar devem ser realizadas imediatamente
por uma equipe. Mas, em casos de não existir socorro profissional na hora, temos o BLS, que é
o suporte básico de vida, ensinado para crianças nas escolas em diversos países europeus, que
contempla também a massagem cardíaca, que é fundamental para manter o fluxo de sangue
pelos vasos para os órgãos, em especial para o cérebro.
Todo mundo já deve ter visto uma cena em série ou filme do famoso choque elétrico
no peito, que é feito por um aparelho denominado desfibrilador cardíaco. O desfibrilador entra
em ação quando a parada cardiorrespiratória ocorre nos tipos fibrilação ventricular ou
Taquicardia Ventricular, que são ritmos cardíacos chocáveis (respondem ao choque).
Caso, a parada ocorra em AESP (atividade elétrica sem pulso) ou assistolia (aquela
linha reta no eletrocardiograma, quando não há passagem de eletricidade), apenas a
massagem cardíaca é feita juntamente com medicações específicas. Lembrando que é
IMPORTANTÍSSIMO saber a causa e tratar, para aumentar as chances de sobrevivência.
Por Dra Carolina Aquino Colunista da Tv Manchetes